Jabes se diz constrangido com acampamento mas o Reúne Ilhéus decide continuar

Decisão foi tomada após proposta de Jabes
JBO

O prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro, reconheceu hoje, publicamente, que está constrangido com a presença de integrantes do Movimento Reúne Ilhéus acampados à porta do Palácio Paranaguá. "É óbvio que não estou impedido de entrar. Mas é complicado entrar e trabalhar", reconheceu. A declaração foi feita durante encontro de Jabes com setores da sociedade organizada quando, mais uma vez, propôs um pacto para tirar Ilhéus da crise. "Vamos zerar tudo em nome da governabilidade de Ilhéus", disse. Jabes voltou a apresentar os números sobre a economia de Ilhéus e, de forma direta aos estudantes do Reúne Ilhéus, estabeleceu uma proposta para que eles desocupem imediatamente as escadarias do Palácio. Como forma de demonstrar interesse em resolver o impasse, o prefeito assegurou a criação de uma comissão para estudar a redução da tarifa no transporte público e, segundo os estudantes, ofereceu uma planilha da movimentação financeira das empresas, agora, em 2013.

Os estudantes, entretanto, não aceitaram a proposta. Alegam que o local escolhido para a realização da proposta - ou seja, durante encontro para debater a governabilidade municipal - não é bem o fórum adequado e que uma posterior análise entre líderes do movimento e governo, poderia ser marcada "para outro lugar". Sobre a planilha apresentada, os líderes do movimento afirmam que o prefeito não pode usá-la como parâmetro da discussão. "É uma planilha deste ano. Como podemos negociar valores em julho sem saber quanto as empresas irão lucrar até dezembro? Queremos a referência da planilha anual de 2012", questionam.

Os integrantes do Movimento Reúne Ilhéus chegaram a realizar uma pequena assembléia em frente ao Palácio Paranaguá para decidir o novo caminho do protesto. E optaram por permanecer acampados no local. Desde que ocuparam o Palácio Paranaguá, Jabes Ribeiro não aparece para despachar em seu gabinete.